quinta-feira, 28 de julho de 2016

Homenagem a Genésio da Silva Costa



Ontem, em companhia do Canindé Correia fui ao lançamento da obra Fragmentos, da autoria do poeta, cronista, memorialista e articulista Carlos Henriques Araújo, autor de outros livros de crônicas e de poemas. O evento aconteceu no SESC/Caixeiral. Lá encontrei vários amigos e confrades da Academia Parnaibana de Letras. Usamos da palavra, além do autor, Alcenor Candeira Filho, Israel Correia, Dilma Pontes e este escriba. Todos na base do improviso. Alcenor, além de fazer o elogio do autor e do livro, como os demais, terminou fazendo um improviso sobre a arte ou “desastre” do improviso. Fiz o que se chama na música uma variação sobre o mesmo tema, pegando como mote o que disseram os meus antecessores, acrescentando novos ingredientes.

Entre os amigos presentes, encontrei Marçal Paixão, que nutria grande admiração, assim como eu, por Genésio da Silva Costa, o Geruca, craque do futebol parnaibano e mestre na arte de rebobinar motores elétricos. Era um entusiasta da música e do futebol. Era também um entusiasmado e atraente conversador, um verdadeiro causeur, de memória prodigiosa, tão prodigiosa que me repassou notáveis informações sobre os principais craques do futebol parnaibano, que muito enriqueceram o meu livro O Pé e a Bola.

Disse-me Marçal que havia escrito, por ocasião do falecimento de Genésio, um pequeno texto em sua homenagem. Pedi-lhe que o enviasse por e-mail, para que eu o publicasse em meu blog. Eis o seu pequeno e belo texto:

GENÉSIO DA SILVA COSTA

Marçal Paixão

No dia 31 de julho de 2015, faleceu, aos 90 anos, o grande amigo GENÉSIO DA SILVA COSTA, conhecido por alguns como“GERUCA”, da época em que foi craque de futebol (década de 1940). Genésio Costa não foi craque só no futebol, mas em todos os setores de sua vida. Pois apesar de ser uma pessoa simples, era portador de muita sabedoria. Era um homem digno, de uma reputação invejável. Rico em virtudes e em sensibilidade. Desempenhou bem sua função por onde passou. Foi funcionário da Estrada de Ferro do Piauí, transferindo-se, com a extinção dela, para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e foi um competente profissional liberal na área da eletricidade (rebobinamento de motores).

Foi um homem que soube cumprir sua missão com dignidade e aproveitar a vida com alegria, pois era muito amigo da música, por sinal. Foi querido por todos, pois sabia comportar-se onde se fazia presente. Era habilidoso no trato com as pessoas e na arte de fazer amigos. Foi um pai de família exemplar, conduzindo a família sempre no caminho da retidão, através do diálogo, que sabia fazer muito bem, Eu me sentia privilegiado por gozar da sua amizade, há mais de quarenta anos, e tenho apreço por todos os seus familiares. Roguemos a Deus para que sua vida, consciente do dever cumprido, seja passaporte para uma vida espiritual de louvor e muita paz.

Em nome de minha família, renovo condolências à D. Maria Brígida (viúva), aos filhos Nazaré, Rita, Genário, Gilmar, Gílson, Gildásio e Geísa e aos demais familiares, inclusive noras, genros, netos e bisnetos.

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