sexta-feira, 26 de julho de 2013

O POETA E O INSETO


O POETA E O INSETO

Elmar Carvalho

Uma música longínqua
e melancólica cria ressonâncias
na concha acústica de minha alma.
A bebida eu a tomo em longos goles.
Um inseto pousa sobre
a mesa e me faz companhia.
Sorve um trago da porção/poção
(derr)amada. E se embriaga.
A tristeza imensa me deixa cruel:
enxoto o pobre inseto bêbado que
ensaia um atropelado vôo. E cai.
A tristeza continua a crescer e a cair
em minha alma como infiltrações de estalactites
em (f)urna mortuária ......................................


Um comentário:

  1. ...vagarosos goles de cerveja
    ...cada gole era uma desculpa
    ...a observar o indefeso inseto


    hlima/sp

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