segunda-feira, 30 de abril de 2012

Papiros e pergaminhos primitivos dos evangelhos





José Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com

Carlos Krisnamurt tem apenas 16 e já se interessa pela leitura dos evangelhos. Saído, há pouco, de um Encontro de Jovens com Cristo, leu a crônica JESUS CRISTO FORA DA BÍBLIA. Carlos solicita esclarecimentos sobre a autenticidade dos quatro evangelhos, "para eu poder trocar ideias com meus colegas." Outros leitores manifestaram-se, curiosos ou encantados: Prof. Cincinato Siqueira: "Sua pesquisa ajuda a crer no Jesus histórico"; escritor Chico Castro: "Estou em Brasília, belo texto, pena que acaba abruptamente"; médico Gisleno Feitosa: "Belo texto com belo desfecho"; Prof. Antônio Carlos: " O evento Jesus Cristo não encontra testemunho somente nos evangelhos, mas em escritores históricos"; Paulo Roberto Barreto: "Fiquei embevecido com a leitura desses escritos históricos"; Lisete Napoleão: "Belo texto que nos incita a curiosidade de mais leitura"; Francisco de Assis Meneses: "Podemos ver Jesus com menos olhos cegos da fé e mais sadios da razão".
Perguntinha curiosa não só embevece o estudante Carlos, mas quem se inicia na fé em Jesus Cristo. Pinta logo a curiosidade: "Os evangelhos merecem crédito? Seriam invenções ou acréscimos de membros eclesiásticos?" Os mais interessados em descobrir, cientificamente, a autenticidade dos evangelhos foram ateus racionalistas da Revolução Francesa. Inimigos da Igreja Católica, como Voltaire, Rousseau, Renan, dedicaram décadas de pesquisas. Surpreenderam-se e , "dando mão à palmatória." Graças às pesquisas, descobriram-se preciosas relíquias de primitivos manuscritos, em pergaminhos e papiros, dos quatro evangelhos. Não os originais, mas cópias, ainda dos primeiros séculos do cristianismo, hoje em museus de Filadélfia(USA), Florença(Itália), Viena(Áustria), Paris, Londres, Estrasburgo, Roma, Cambridge, Vaticano, Moscou, Leningrado. Em 1949, foram descobertos fartos manuscritos nas grutas de Qumran, próximas do Mar Morto, de antes e pouco depois de Cristo. Vi-os no Museu de Israel. Alguns textos reproduzem passagens da Bíblia. Impressionou-me a perfeição das letras, tão miúdas, em pergaminhos finos e lisos que lembram uma página de jornal.
Conhecem-se cerca de 5.336 manuscritos(cópias) do texto original grego do Novo Testamento. O mais valioso, uma cópia do evangelho de João, do ano 120. O apóstolo escrevera o original, aproximadamente no ano 100.
Damos crédito a obras de famosos escritores da Antiguidade, cujos manuscritos(cópias) só foram descobertos muitos séculos depois. Por que duvidar dos textos bíblicos? Manuscritos(cópias) de Júlio César só foram encontrados 900 anos depois; Virgílio, 350 anos; Platão, 1.300 anos; Tito Lívio, 500 anos após.
Portanto, Carlos, creio que, se depender desta crônica, você vai deitar e rolar, quando trocar ideias com seus colegas. Saiba, porém, Deus é uma experiência pessoal, não uma discussão, que, quase sempre, em vez de construir,enerva. E não convence.

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