sábado, 31 de março de 2012

HOMENAGEM AO “SEU COSTA”

Foto: Campo Maior em Foco

JOSÉ FRANCISCO MARQUES
Professor e musicista

Não, definitivamente não morreu naquela tarde fatídica de quarta-feira (21/03/2012) uma pessoa comum. Morreu um amigo que traduzia em suas poucas palavras a generosidade em ações eficazes de entrega pelo zelo com que as praticava.  Morreu um pai de família que transpirava preocupação ao oferecer aos seus o conforto necessário. Morreu enfim um trabalhador cuja entrega pelo que praticava transcendia as raias da responsabilidade.

A sua presença sempre habitará os longos corredores de nossa escola. Os seus passos firmes rumo à execução de suas tarefas diárias serão sempre ouvidos por aqueles que o acompanhavam. A sua voz ressoará em cada canto daquele prédio que, órfão de seu zelador maior, apenas contemplará o enorme vazio por ele deixado.  Ele era conhecedor de cada tijolo que formava aquela construção, conhecia como ninguém os detalhes que cercavam aquela engrenagem da qual ele mesmo era a peça principal. Relacionava-se com a direção do colégio com uma sintonia impressionante. Tinha à sua maneira, o jeito e a forma solícita de tratar bem a todos os professores e demais funcionários. Possuía por fim, a difícil fórmula de agradar praticamente a todo o alunado.

Seu Costa nos deixa um legado de virtudes fabulosas: Um homem cujo significado literal de seu nome se confunde com a palavra: trabalho. A responsabilidade, a disponibilidade, a cordialidade e a sua extrema humildade o fizeram um trabalhador diferenciado de seus pares.

Era da categoria de pessoas que se sentem bem em servir e não ser servida. A cada tarefa executada, havia no seu rosto o sentimento de uma missão cumprida. Essa virtude dentre outras, era a sua marca patente, talvez porque nos nossos dias haja a escassez disso, se faça realçar tanto esse atributo.
As crianças, termômetros infalíveis de sinceridade, foram provas inequívocas do grande carinho que a ele era dispensado. Elas choraram como só as crianças sabem a sua morte com a alma de um adulto como a pressentirem a perda irreparável de um amigo insubstituível.

Agora que você partiu para outro plano, nos resta o consolo de suas ações constantemente benéficas e produtivas. Você atendeu ao chamado do Supremo e novas delegações na esfera superior lhes serão impostas.

Ah, se tivéssemos o dom da premonição, o seu voo derradeiro seria por nós aparado, teríamos sido o seu macio tapete a amortecer a sua queda fatal.
Não... Não morreu uma pessoa comum...

Um comentário:

  1. PREFERIA Q MEU PAI CONTINUASSE NO ANONIMATO,AO TER Q PERDELO MAS DEUS ASSIM QUIS,MAS FICO FELIZ COM O SEU RELEMBRAR APOIS ESTA DOLOROSA E LONGA PARTIDA.......OBRIGADO

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