sábado, 25 de setembro de 2010

ANTOLOGIA DO NETTO (*)

CELSO PINHEIRO

Filho de João José Pinheiro e Raimunda Lina Pinheiro, nasce na cidade de Barras (PI), em 24 de novembro de 1887, Celso Pinheiro, proveniente de uma família de 10 irmãos, entre os quais se destaca Breno Pinheiro e João Pinheiro, ambos escritores que assim como Celso, buscaram reconhecimento através das Letras.

Celso Pinheiro não chegou a concluir o estudo secundário, diferente do que aconteceu com seu irmão, João Pinheiro que formou-se no curso de odontologia em 1898 na Bahia. Órfão de pai aos 13 anos idade, perdendo também a sua mãe três anos depois, Celso logo previa os indícios daquilo que marcaria profundamente sua escrita.
Foi revisor chefe do Jornal “O Piauhy”, escrivão de polícia, professor de Literatura na escola Normal de Teresina, secretário do Liceu Piauiense e chefe do Instituto de Criminalista.
Grande parte das obras de Celso Pinheiro ainda encontram-se totalmente desconhecidas do público, restrito à sombra de intelectuais e pequenos círculos literários. Um dos grandes, talvez, o maior motivo, está ligado à vida boemia e desregrada levada pelo poeta e o teor da sua escrita ofensiva. As críticas mordazes direcionadas a burguesia lhe conferia pouco espaço para ascender profissionalmente e ser reconhecido, uma vez que a imprensa piauiense era fantoche nas mãos da política local. Ora, ninguém em sua sã consciência iria promover àqueles que transgridem as suas normas, muito menos aqueles que lhes emitissem palavras ofensivas.

Segue abaixo a relação completa das obras de Celso Pinheiro:

Cuore; Flor Incógnita; Dindinha; Dona Tristeza; Hino à dor; Sombras; Steppes; Poemas de Maior; Poentes; No Jardim de Academus; Tear de sol (3 volumes); Jardim de Mulheres (2 volumes); Poemas da Morte; Hino à França; Coroa de Espinhos; Prosa (2 volumes); O Incendiário de Teresina; Demócrito de Sousa Filho; Fernando de Noronha; U.D.N. – PI; Da Constituição; Euripidinas.

Fonte: Bárbara Silva Nunes - Revista Mafuá – Universidade Federal de Santa Catrina - UFSC

(*) Texto e charge: João de Deus Netto

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