quinta-feira, 15 de julho de 2010

POEMITOS DA PARNAÍBA

Texto: Elmar Carvalho
Charge: Gervásio Castro



Surdo, surdo como um surdo,
aprendeu com Bilac a ouvir estrelas.
E as ouvia nas lindas noites estreladas
de Parnaíba.
Em sua surdez de pau
ouvia o bater dos corações das pedras.
Ouvia o bang-bang dos colts
em suas leituras de faroeste.
Com sua morte silente
aprendeu a ouvir o silêncio
absoluto da morte.

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