terça-feira, 4 de maio de 2010

OLHOS

Elmar Carvalho


Olhos de lã
e de lâminas.
Olhos de punhos de seda
e de punhais de aço.
Olhos de ver
e de verruma.
Olhos de amar
e de amargor.
Olhos de fada cruel
e de fado terno.
Olhos que me deram o céu
e o inferno.
Olhos de antítese:
eram bálsamo
e me fizeram mal.

Um comentário:

  1. Transmissão de pensamento? Ontem citei, no orkut, os primeiros versos deste poema! Gosto de citar fragmentos da sua bela e marcante poesia. "Rosa dos Ventos Gerais" é um dos meus livros preferidos. Abraços, Rita de Cássia.

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