domingo, 30 de maio de 2010

DIÁRIO INCONTÍNUO

Elmar Carvalho


20 de maio

A CULPA QUE NÃO ME CABE

Estive ontem em Campo Maior, a velha Bitorocara, para fazer a saudação e louvação dos patronos da Academia Campomaiorense de Artes e Letras – ACALE. Louvei, com muita ênfase e entusiasmo, entre outros, Bernardo de Carvalho e Aguiar, Hilson Bona, Raimundinho Andrade, padre Mateus Cortez Rufino, Cláudio Melo, Bilé Carvalho e Chico Pereira da Silva. Com modéstia ou sem modéstia, devo dizer que fui aplaudido e cumprimentado entusiasticamente por todos. Por todos, exceto por um confrade, que alegou o meu discurso ter sido longo, já que fazia calor e as pessoas estavam em pé. Em minha defesa, devo dizer apenas que reduzi bastante o que tinha a dizer; que disse muito menos do que os patronos mereciam, e que nenhuma culpa tive pela circunstância de que as pessoas não estavam sentadas e de que fazia calor. Ao contrário, até sugeri ao dinâmico presidente João Alves Filho que a solenidade fosse realizada no prédio da Câmara Municipal (antigo Campo Maior Clube), que tem um grande e climatizado auditório, e que ficava bem perto. De lá, as pessoas poderiam se deslocar, ao final do panegírico, para a inauguração das galerias dos patronos e dos acadêmicos.

2 comentários:

  1. José Francisco Marques30 de maio de 2010 às 10:44

    Caro Mestre,
    Empolgante, maravilhoso e vários outros adjetivos seguiriam para externar a minha opinião a respeito de sua fala, quando do evento ontem promovido pela Acale.Longo mesmo(devo falar), foi o prazer de abastecermos o nosso espírito com palavras ditas com tamanha propriedade. Parabéns pela verve divina que lhe foi presenteada por nosso Criador Maior.

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  2. Meu caro Elmar, tive muita vontade de participar dessa solenidade,não sei se era aberta ao público ou se restringia a convidados, o fato é que dificuldades me impedem de viajar.Nunca lhe ouvi falar, mas acredito que em sua fala você tenha sido feliz. Aproveito para registrar um fato acontecido no ano de 89,quando eu e minha esposa atravessamos um grande dificuldade, o dia do nosso casamento se aproximava e não se arrumava um padre,pois no final de janeiro eles sempre fazem retiro.Saímos de porta em porta, e a resposta sempre era um não,tudo tava marcado a igreja reservada e o padre não aparecia. A agonia era grande,só não procurei mesmo o Padre Beleca e o Bispo;ao lamentar o fato fui socorrido por um primo, este lembrou-me de um padre bem próximo que estava esquecido.No dia seguinte veio o alívio, o Padre tinha aparecido,estava livre, pois não era adepto de retiros e tinha concordado em fazer o casamento; porém nos fez uma exigência,não ia tolerar nenhum atraso por parte da noiva.Eu aperriei tanto esta pobre que ela chegou na igreja bem antes de mim, teve que esperar ainda uns quinze minutos pelo noivo. Mal sabia ela que eu estava em apuros,muito apressado e nervoso enganchei o fecho ecler na cueca e o bicho não subia(fecho).Pois bem, o casamento foi celebrado pelo Padre Claudio, seus pais Estácio(porteiro do cinema) e Dona Maria eram compadres do meus avós (Antonio e Anita) e as famílias eram, melhor dizendo, são muito amigas. Além disso o David, seu irmão, era também meu Tio,pois foi adotado por meus avós ainda bem pequenino.

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